Cânion Guartelá
Atualizado: 14 de jul. de 2020

Considerado o sexto maior cânion do mundo em extensão, com cerca de 30 km, e o mais longo do Brasil, o Cânion Guartelá está localizado no planalto dos Campos Gerais, entre os municípios de Castro e Tibagi, distante cerca de 210 quilômetros da capital, Curitiba, no estado do Paraná.
O nome "guartelá", segundo a lenda, surgiu da expressão: "Guarda-te-lá, que cá bem fico", utilizada por um morador da região para prevenir seu vizinho quando soube que os índios Caingangues planejavam atacá-lo. Outra versão é que significa parede de pedra.
Esse nome caiu no gosto popular e o antes denominado Cânion do Rio Iapó passou a ser denominado Cânion Guartelá. Ele é formado pelo Rio Iapó e a sua profundidade chega ao máximo de 450 metros. Não é um cânion de penhascos verticais, suas altitudes variam de 700 m a 1.200 m, mas possuem um lindo cenário de belezas naturais.
Para preservá-lo, foi criado, em 1992, o Parque Estadual do Guartelá, que, além do cânion, contempla a Cachoeira da Ponte da Pedra, que apresenta a formação de uma ponte que corta a queda, e a região dos Panelões do Sumidouro (buracos na pedra por onde escorrem as águas do rio), que formam verdadeiras banheiras de hidromassagem naturais.

Para acesso ao cânion pelo parque, existem duas possibilidades de trilhas. A principal, considerada uma trilha leve, autoguiada, com 2 horas de duração, com 5 km de extensão (ida e volta) e que dá acesso ao mirante do cânion, ao mirante da Cachoeira da Ponte de Pedra e às piscinas de Arroio Pedregulho (os panelões) onde é possível tomar banho.

A segunda é feita apenas com acompanhamento de um guia autorizado do parque, o qual deve ser previamente agendado, e possui 7,5 km (ida e volta). Além das atrações da primeira, dá acesso às piscinas naturais, ao portal de rochas areníticas e às pinturas rupestres no Sítio Arqueológico da Lapa Ponciano, com cerca de 7 mil anos.

As pinturas rupestres, em cores vermelha e marrom, são de diferentes épocas, relacionadas a pelo menos três povos pré-coloniais. São pinturas de animais, como cervídeos, lagartos e aves, em miniaturas, além de símbolos associados possivelmente a figuras de grupos clânicos e guerreiros, provavelmente associados a ritos e mitos pré-coloniais de povos indígenas que habitaram a região.

Os exploradores podem se aventurar em conhecer o cânion por uma trilha mais extensa, de 15 km, que passar por três propriedades particulares. Esse percurso permite a observação dos diversos tipos de relevo da região, pela margem esquerda do Rio Iapó, bem como a contemplação dos rochedos e dos imponentes paredões de arenito, com paradas em mirantes naturais, sempre de frente para o cânion e com a possibilidade de banho na Cachoeira de Água Santa.

Essa trilha passa ainda pelo desfiladeiro "Guaipiquerê", em um trecho de paredão que os antigos usavam para ligar a parte inferior, às margens do rio, ao topo da escarpa.
E assim chegamos a mais uma viagem pelas deslumbrantes paisagens de mais um cânion. E você, está gostando? Curta, comente, deixe-nos suas impressões e sugestões. E continue experimentando o Brasil em nossa companhia.